Desgaste e manutenção

Sabia que a área de contato entre o veículo e a estrada não é maior que a palma da sua mão? No entanto, isso não nos impede de conduzir com segurança. Pode parecer estranho à primeira vista, mas é a realidade.

Pneus de qualidade, perfeitamente adaptados, desempenham um papel essencial na estabilidade, conforto, segurança e desempenho do seu carro.

Para garantir que chega sempre com segurança ao seu destino, deve certificar-se que os seus pneus estão sempre nas melhores condições, realizando controlos periódicos. Isso inclui, por exemplo, verificações regulares da pressão dos pneus.

Desde o dia 1 de novembro de 2014, que todos os veículos novos estão equipados com um sistema de controlo de pressão dos pneus que deteta rapidamente um problema durante a condução.

Portanto, as verificações periódicas da pressão dos pneus fazem parte do passado. Graças a estes sensores, a tecnologia moderna informa o motorista caso a pressão dos pneus não seja a indicada. Este sistema reduz o risco de acidentes e prolonga a vida útil dos pneus.

Não importa se falamos de automóveis, camiões, motociclos ou veículos industriais, escolhemos consigo o pneu mais adequado para o seu veículo, e levamos em consideração as suas preferências e requisitos técnicos.

A escolha dos pneus certos não depende apenas das condições climáticas e do tipo de veículo. As preferências do motorista também devem ser levadas em consideração.

Existem modelos desenvolvidos para carros urbanos e desportivos, caracterizados por uma excelente tração e por um desempenho impressionante na travagem. Os nossos especialistas ajudá-lo-ão a escolher os pneus mais adequados.


OS PNEUS MAIS ADEQUADOS

PARA UMA MELHOR EXPERIÊNCIA DE CONDUÇÃO


PNEUS DE VERÃO:
No final do inverno, quando a temperatura exterior atinge os 7°C, é o momento de equipar o carro com pneus de verão. Com isso, poderá apreciar o aumento do desempenho, da precisão da direção e um menor desgaste dos pneus.


PNEUS DE INVERNO:
Quando a temperatura externa está sempre abaixo dos 7°C, deve equipar os pneus de inverno. A forma e a composição deste tipo de pneus foram projetadas para a temporada de inverno com o objetivo de garantir estabilidade, aderência e segurança nas estradas. Também neste caso, o uso de pneus adequados para a estação reduz o desgaste, contribuindo para o aumento do tempo de vida dos pneus.


PNEUS DE 4 ESTAÇÕES
Estes pneus podem ser usados tanto no verão como no inverno. Trata-se de um tipo de pneus que oferece um compromisso entre os pneus de verão e de inverno e, portanto, são adequados para países com baixas variações sazonais de temperatura. Têm a vantagem de tornar desnecessária a troca de pneus duas vezes por ano, mas não têm um rendimento tão bom em estradas cobertas de neve como aquele que é conseguido com pneus para inverno.


São, no entanto, uma boa alternativa para condutores que fazem poucos quilómetros. Na etiqueta de certos modelos de pneus para todas as estações, aparece um floco de neve que certifica uma qualidade de tração suficiente para estradas cobertas de neve e gelo.


ETIQUETA PNEUMÁTICA DA UE:

Trata-se da rotulagem de veículos a motor que entrou em vigor a partir do dia 1 de novembro de 2012. Os fabricantes de pneus para automóveis, vans e camiões devem indicar numa etiqueta o consumo de combustível, a aderência em piso molhado e o nível de ruído de os pneus. Esta informação também deve ser incluída em todo o material técnico promocional.

A rotulagem usa uma classificação que vai desde a melhor pontuação (categoria A - verde) até à pontuação mais baixa (categoria G - vermelho). O objetivo desta medida é reduzir o consumo total de energia em 20% até 2020.

(Fonte: Comissão Europeia)
A escala de cores no rótulo caracteriza a classificação dos pneumáticos


PNEUS: AS PERGUNTAS MAIS FREQUENTES

GRAU E FORMA DE DESGASTE

Como todas as partes do veículo, o pneu desgasta-se não apenas devido a uma utilização "incorreta”, mas também pelo uso normal.

O desgaste dos pneus é causado quase exclusivamente pelos movimentos que ocorrem com o contacto direto com o piso durante a marcha e devido às forças aplicadas como a tração e a travagem. O deslizamento na rotação deve-se à pressão a que a estrutura do pneu está sujeita em função da carga aplicada.

PRESSÃO

O exercício de uma constante verificação da pressão é uma garantia de segurança e economia. É o resultado de uma série de testes realizados pelos fabricantes dos veículos e representa o melhor compromisso entre o rendimento e a durabilidade. Os valores são divulgados, em diferentes condições de uso, no livro de uso e manutenção do veículo.

É importante verificar esses valores, pelo menos, uma vez por mês, sendo que também o pneu sobresselente deve ser controlado. Nesse caso, também devemos verificar a válvula e apertar as tampas manualmente.

Uma pressão baixa causa um comportamento anormal do veículo durante a condução e contribui para um sobreaquecimento do pneu, prejudicando a segurança do condutor e dos passageiros.

Pelo contrário, uma alta pressão diminui o conforto dos passageiros e torna o pneu mais vulnerável aos impactos nas bordas dos passeios. Também se repercute na banda de rodagem, pois gera uma diminuição significativa da superfície de contato com estrada, provocando uma condução imprecisa.

A pressão correta também está ligada a um desgaste uniforme do pneu, essencial para a gestão económica do veículo.

GOLPES NOS FLANCOS

Um pneu pouco usado, ou que nunca é usado, está sujeito a envelhecimento. Considerando um pneu montado em qualquer veículo, podemos ver que as partes expostas/visíveis são a banda de rodagem e o flanco.

Dificilmente veremos sinais de envelhecimento (fissuras mais ou menos óbvias) nessas partes devido à abrasão causada pelo contato contínuo com o asfalto e pela exposição a agentes atmosféricos.

Os sinais deste fenómeno produzem-se principalmente no flanco do pneu.

O oxigénio e o ozono, presentes na atmosfera, têm uma forte tendência para atacar compostos através da ação exercida pelo calor, radiação luminosa e outros agentes (se os houver) presentes no ambiente. Também a circulação em mios altamente poluídos, como os centros urbanos, causa o processo de envelhecimento do flanco do pneu. Nestes casos, há uma acentuação do envelhecimento quando existe uma exposição cumulativa aos casos acima referidos.

IMPACTOS

A presença de um nódulo no flanco do pneu é um sinal inequívoco da presença de um dano irreparável ma carcaça do pneu.

Tais danos são geralmente causados por impactos acidentais nas bordas dos passeios, obstáculos presentes em caminhos acidentados, buracos, mas também podem ser causados por pressões muito baixas e, às vezes, pela sobrecarga e estrutura muito rígida dos carros.

Deve-se também destacar que a utilização de pneus com flancos muito baixos deve dar lugar a um maior cuidado no uso e manutenção dos próprios pneus, uma vez que esse tipo de pneus está mais exposto a possíveis danos.

PARAGENS PROLONGADAS

Quando há a previsão de longas paragens e baixas temperaturas, é aconselhável aumentar a pressão dos pneus para 3,2 bar nos pneus das séries TR e SR e até 3,5 bar para as outras séries. Isso evita o aparecimento de um fenómeno denominado de Flat Spotting, um fenómeno de vibração que é percetível ao conduzir um veículo que esteve parado muito tempo.

A causa da vibração tem a sua origem nos pneus, e na maioria dos casos desaparece após alguns quilómetros, pois os pneus ao aquecer, juntamente com a força centrífuga, recuperam elasticamente a referida deformação. Neste caso, fala-se de um problema transitório. A facilidade de recuperação do formato redondo do pneu depende do nível da deformação, da pressão de insuflação e do tempo que o veículo esteve parado.

Se a paragem se der por longos períodos (meses) de tempo com pressão insuficiente, a deformação dos pneus pode ser permanente.

Paragens prolongadas, manchas de óleo ou de dissolventes, podem danificar o pneu, uma vez que essas substâncias interferem com os seus compostos, tal como o do uso de hidrocarbonetos usados para limpar os flancos dos pneus.

O USO DE CORRENTES PARA A NEVE

O uso prolongado de correntes em estradas cobertas por neve pode danificar permanentemente os pneus e afetar a segurança na condução, além de reduzir drasticamente o conforto durante a condução.

Assim, é uma boa prática removê-las quando não houver neve na superfície da estrada, a fim de evitar possíveis danos na banda de rodagem e no flanco do pneu.

PERMUTAÇÃO DOS PNEUS

A permutação de pneus, ou seja, a mudança sistemática de posição nos eixos do veículo sem cruzá-los, visa otimizar o consumo dos pneus, favorecendo a durabilidade (mais quilometragem), a regularidade e a homogeneidade do desgaste da banda de rodagem.

Sabe-se que os carros com tração dianteira tendem a aumentar o desgaste no ombro externo da banda de rodagem devido à torção e ao deslizamento causados pela carga e pela travagem. Por outro lado, os pneus posteriores dos veículos com tração traseira sofrem um desgaste mais acentuado no centro da banda de rodagem.

De acordo com os diferentes tipos de tração, a permutação deverá ser realizada com frequências diferentes: entre 8.000 e 10.000 Km para carros com tração dianteira; e entre 10.000 e 15.000 km para carros com tração traseira e integral.

VERIFICAÇÕES PERIÓDICAS DOS ÂNGULOS GEOMÉTRICOS

Pequenas pancadas, talvez durante uma manobra de estacionamento, subindo e descendo os passeios, ao passar pelos carris de uma linha de comboio, buracos na estrada, impactos, mais ou menos pequenos, podem, a longo prazo, criar uma variação na estrutura geométrica do veículo.

É importante proceder à verificação periódica dos ângulos geométricos (principalmente a convergência e a inclinação) para não comprometer o comportamento do veículo e otimizar o desgaste dos pneus, bem como manter os níveis de segurança e evitar custos avultados de reparação.

SUBSTITUIÇÃO DE PNEUS

No caso da substituição de apenas dois pneus, os novos devem ser montados no eixo traseiro, independentemente da tração. Isto deve-se ao facto de o eixo traseiro não estar diretamente sob o controlo do condutor e da necessidade de estar em condições de máxima segurança e eficiência.

De fato, a perda rápida dos níveis de insuflação (devido a um furo ou deflação repentina) de um pneu montado no eixo traseiro pode causar uma repentina perda de estabilidade no eixo, provocando a perda do controlo do veículo. Além de uma súbita perda de aderência nas curvas em piso molhado ou retas, poderia ainda causar o fenómeno de sobreviragem, dificilmente controlável.

USO DO PNEU SOBRESSELENTE

Atualmente, para reduzir o peso e as dimensões, quando é necessário substituir um pneu, utiliza-se um pneu temporário, também designado de pneu de emergência. "Uso temporário" significa que o pneu deve ser usado apenas até à oficina mais próxima para providenciar o reparo ou a substituição dos pneus e a sua montagem no veículo.

Além disso:

  • A velocidade máxima permitida é de 80 km/h, independentemente do código de velocidade dos outros pneus do veículo;
  • Tal como acontece com os pneus de série, os pneus sobresselentes não podem ser usados quando o tamanho dos sulcos na banda de rodagem é inferior aos 1,6 mm de profundidade de piso;
  • Não é permitida a utilização de um veículo com duas ou mais rodas de emergência.

Para saber a pressão indicada para o pneu de emergência, consulte o livro de uso e manutenção do veículo.

CONTROLO DOS PNEUS

É bom realizar verificações periódicas ao progresso de desgaste dos pneus, tendo em consideração que o desempenho em piso molhado é reduzido consideravelmente com o desgaste avançado da banda de rodagem. Por esse motivo, é aconselhável substituir os pneus quando a profundidade dos sulcos for de, aproximadamente, 3 milímetros. A profundidade da banda de rodagem não deve ser inferior ao limite legal (1,6 mm para veículos a motor).

Permutar os pneus entre os eixos sem cruzá-los, a cada 10.000 a 15.000 quilómetros, diminui o desgaste, tal como alterar os quatro pneus ao mesmo tempo. Se apenas dois pneus forem substituídos, por razões de segurança, os novos pneus devem ser montados no eixo traseiro.

De fato, a rápida desinflação (que pode acontecer devido a perfuração) de um pneu montado no eixo traseiro poderia provocar uma instantânea perda de estabilidade no eixo, o que resultaria numa perda de controlo do veículo. Além de uma súbita perda de aderência em curvas em piso molhado, também poderia causar o fenómeno de sobreviragem, dificilmente controlável.